quarta-feira, 30 de julho de 2008

LUZES DA CIDADE...


Correria, horas, minutos e segundos mais curtos, barulho, mosquito da dengue, funk, movimentação, ansiedade, dinâmica, multidão, pontes, túneis, monumentos, paisagens, exposições e afins... Tudo fruto do meu Rio de Janeiro. Um Rio que deixei correr (melhor, corri dele). Um hiato, uma ausência o separava das minhas veias, por onde corre um O Negativo da carioquice.

Lugar que guarda tantas faces e que através de perspectivas incontáveis se extraem opiniões adocicadas ou um tanto amargas. Mas que importa tudo isso? Tiremos a lição contada, ao menos, na maioria dos filmes: o bem prevalece sobre o mal. Aproveitemos uma das máximas da sabedoria oriental que diz ser a dificuldade um estímulo ao aperfeiçoamento. Vejamos a lei mundial: sorrisos e elogios são os maiores motivadores de seres humanos mais otimistas.

Diante disso esta cidade ressurge com o que há de mais belo: os cariocas, os bons cariocas. Minha cabeça está feita e certa. O Rio é meu lugar. Mesmo com toda a fama e apesar de toda a lama este lugar merece apostas altas.

Migrei por procurar algo e este “algo” eu não encontrei, ao menos, onde pensava encontrar. O que procurei pelas andanças, o que ansiava com a migração, acabei por encontrar dentro de mim. A diferença entre o veneno e o remédio é uma só: a dose.

Por qual razão digo isto? Estaria eu fugindo da razão de ser deste texto, desviando o assunto? De forma alguma. O que difere remédio de veneno? Elementar meus amigos... equilíbrio.

O equilíbrio está ligado ao meu êxodo em direção ao que me parecia ser a famosa terra prometida. Este é meu maior motivo de gratidão para com o lugar que deixei recentemente (vide post abaixo). Foi lá que pude reformular uma série de concepções, concepções estas que nunca haviam aflorado à justa luz da razão. Precisei estar ausente e ter aquela sensação de quem olha de fora. Literalmente o que me ocorreu.

Gente notável foi quem deixei em meu local de partida recente. Em contrapartida encontrei – e reencontrei – muitas delas aqui em minha terra, de forma feliz, creio eu, na mesma proporção.

2 comentários:

Déia Té disse...

O momento do auto-conhecimento.
Que fase fundamental na vida deste rapaz que apostou alto para chegar ao que muitos buscam por toda uma vida:Respostas...
É tão bacana sentir que leva-se o cheiro da chuva, o barulho da mata e das asas de pássaros voando, o olhar tímido dos que lá vivem,leva-se todo este saboroso tempero e as diversas pitadas de sal e de açúcar, dentro do coração de quem soube viver e vivenciar.Outros sabores estão chegando meu amigo, e serão doces e sensatas.
SEJA BEM VINDO!!!!

Elisangela disse...

O que a vida nos reserva, não temos como saber enquanto não vivenciamos.
Tudo contribui para o nosso crescimento, isso é fato.
Muitas vezes é necessário ir pra poder saber o quanto estar é importante.
Deus lhe abençoe nessa nova fase.
Lindas tuas palavras.