domingo, 30 de março de 2008


Ando meio lá, e meio cá. Mais uma vez me encontro ante a uma encruzilhada, tendo que decidir o que fazer e para onde ir. O senso de preservação que em muitas das vezes torna-se um freio eficiente, surge como nunca em minhas especulações pessoais. Entram no ringue dois adversários poderosos digladiando para decidir o desfecho: razão versus emoção. Na minha existência este combate parece não terminar em momento algum. Sem tréguas. Sem rendições. Sem acordos.

Meu papel nesta luta compete ao menos tentar arbitrar entre estes dois poderosíssimos antagonistas. Evitar, no calor da hora, tomar algum tipo de decisão sobre a qual posso vir a me arrepender duramente tempos depois. Não quero, sob nenhuma hipótese sequer, ser tomado de assalto pela minha consciência. Não pretendo arma-la com fatos e argumentos que lhe permita fazer uma pergunta medonha: porque fizeste isso?. Uma vez que minha consciência não me traia, poderei fazer o que sempre me restou como saída: olhar para a frente e seguir adiante.

Cabem mais duas perguntas. A primeira é: este caminho tem coração? A esta, minha resposta é ligeira, com um sonoro sim. A segunda: está é minha maior força ou minha maior fraqueza? Bem... para esta não tenho de pronto uma resposta convincente. O tempo – não muito extenso, diga-se de passagem – se encarregará de trazer a resposta. Não me vejo hoje em condições de respondê-la. Ele responderá por mim no momento em que decisões forem inevitáveis.

Assumo que tomar uma decisão nunca me foi uma tarefa lá das mais simples. Optar por algo, como todos nós sabemos, implica a abnegação de um bem, de um sentimento, de um trabalho ou no melhor dos casos, de uma chateação. Sem pretender me colocar numa posição de vítima, posso afirmar com total clareza que sempre acabo por pagar um preço demasiado alto diante das minhas encruzilhadas.


Nenhum comentário: