domingo, 18 de dezembro de 2011

More of That Jazz...





     Constantemente busco ampliar meu leque musical, exercitando, por assim dizer, meu lado "Retrô". Afinal de contas, o passado está lotado de boas referências. Os grandes artistas que fizeram história estão todos lá. Revisitá-los é inevitável e cumpro tal missão com gosto. Belíssimas vozes e grandiosas melodias preenchem os muitos anos passados. Sou um grande fã, especialmente de Jazz. 
    Graças à internet e aos muitos downloads disponibilizados na rede tenho podido me deliciar com raridades que, creio eu, jamais teria conseguido  adquirir à maneira convencional. Um sem número de coisas têm me chegado aos ouvidos e tenho tido pouco tempo para absorver tudo. 
       Posso de imediato escrever algo breve a respeito de três maravilhosas cantoras: Ma Rainey, Bessie Smith e Alberta Hunter,  que são exemplos nítidos de musicalidade maravilhosa. Expressam com perfeição o que quero dizer.



Ma Rainey (1886-1939). Cantora conhecida como “Mãe do Blues” foi pioneira, sendo uma das primeiras a gravar suas próprias canções. Ao lado de inúmeros músicos excepcionais – dentre eles Louis Armstrong - já angariava fama sendo uma das mais conhecidas artistas sulistas dos EUA de sua época. Espetáculos itinerantes, uma voz poderosa e um estilo de vida nada convencional lhe renderam expressiva projeção e uma contratação pela Paramount. Tratando-se de influências, seu trabalho formou uma base sólida para a posteridade. Pode-se dizer que o Blues praticamente se originou a partir dela e de mais um número seleto de artistas. Tenho ouvido bastante suas músicas e posso destacar como preferidas: “See see rider”, “Daddy goodbye blues” e “Don't fish in my sea”.



      Bessie Smith (1894-1937). Cultivou estreitas relações com Ma Rainey e Alberta Hunter. A primeira ajudou-a a aperfeiçoar sua presença de palco enquanto Hunter, em muitas ocasiões, atuou como sua compositora. 
     Nascida em Chattanooga, de vida pobre e difícil, foi forçada pelas adversidades, para sustento de sua família, a se apresentar com o irmão pelas ruas de sua cidade. Ela, com dança e voz e seu irmão ao lado acompanhando-a ao violão. 
   Poucos anos depois, este mesmo irmão entrou para um grupo musical e conseguiu incluir Bessie como dançarina e não cantora. Certamente por Ma Rainey já estar presente e ocupar o posto no vocal.
Na década de 1920 atuava em peças musicais na Broadway. Chegou a ser uma das artistas negras mais bem pagas de sua época. Contratada pela Columbia registrou aproximadamente 160 canções, tendo também a companhia de Louis Armstrong no casting de músicos.“Rainha do Blues” foi o apelido dado pela gravadora. “Muddy water”, “Trombone cholly” e “Take me for a buggy ride” são mostras do ótimo trabalho de Bessie.



       Alberta Hunter (1895-1984). Começou sua carreira aos doze anos de idade. Diferentemente, teve uma vida longínqua quando comparada às suas colegas de palco. Apesar disto, sua carreira é marcada por uma longa pausa: Hunter permaneceu distante do showbizz por cerca de vinte anos. 
     Trabalhando como enfermeira após a morte de sua mãe, retornou em 1977 com idade já bastante avançada. Fato que não a impediu de realizar muitas apresentações com impressionante vitalidade até 1984, ano de seu falecimento. 
       Foi a primeira cantora negra a gravar com músicos brancos. Também trabalhou com Louis Armstrong. Exemplos maravilhosos do seu legado são “Darktown strutters ball”, “My handy man” e “My castle's rockin”.


Espero que tenham gostado. Um abração a todos e até breve! Fiquem na paz. 

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